BOLSA* DE INICIAÇÃO CIENTÃFICA (substituição) 1 vaga Projeto de pesquisa:  Planejamento territorial, questão fundiária e agroecologia (**) 

BOLSA* DE INICIAÇÃO CIENTÃFICA

(substituição)

1 vaga

Projeto de pesquisa: 

Planejamento territorial, questão fundiária e agroecologia (**) 

Coordenação: 

Jorge Montenegro (Geografia/UFPR) 

Carga horária semanal: 

20 h

Remuneração da bolsa: 

R$400,00 

Seleção: 

Dia 26/10, 16:30h, Sala do Enconttra (307-Ed. Bigarella) 

(*) O projeto já está em andamento e a bolsa vigente até 30/08/2023.

(**) Resumo do projeto 

O projeto objetiva realizar pesquisas e ações interdisciplinares de planejamento territorial, estudos fundiários e de agroecologia em experiências comunitárias de organização coletiva da/na terra. Em virtude de uma questão agrária não resolvida no país e em especial em um estado como o Paraná, com este projeto se pretende oferecer respostas aos conflitos por terra e território existentes no campo paranaense, onde camponeses, povos e comunidades tradicionais e trabalhadores rurais são expostos a desigualdades sociais e a processos de expulsão, expropriação e exploração contínuos, desassistidos de recursos básicos para lutar pela terra que almejam e pelo território que já habitam. Nesse sentido, o projeto pretende trabalhar articuladamente nas três frentes citadas da seguinte forma: 

a) Estudos de planejamento territorial como uma tecnologia social apropriada pela comunidade para autodefinir o próprio território, seus usos e suas relações. 

b) Estudo dos conflitos fundiários que as comunidades enfrentam, identificando tanto as causas da concentração fundiária, como as possibilidades de política pública e de direitos que permitiriam sua resolução. 

c) Estudo de experiências agroecológicas que possam servir como inspiração nessas áreas de conflito para consolidar espaços com uma relação com a natureza, com a produção de alimentos e com uma sociabilidade marcadas pelos fundamentos solidários e relacionais presentes na agroecologia. 

Metodologicamente, o projeto propõe iniciar os estudos e ações sempre a partir de uma demanda da comunidade, seguida de um levantamento e identificação das áreas que envolva um trabalho de campo para conhecê-la, uma busca de informações e dados sobre o local e uma análise jurídica da situação da terra ou do território. O seguinte passo seria construir um conjunto de oficinas para esclarecer, dialogar e construir com a comunidade soluções conjuntas aos conflitos (agrários, fundiários, territoriais etc.), mediante um diálogo de saberes horizontal e de formação mútua. Após essa troca intensa, serão elaboradas estratégias conjuntas de planejamento territorial e pareceres jurídicos fundamentados em experiências capazes de oferecer respostas econômicas, sociais, ambientais e culturais a partir da agroecologia. 

O impacto esperado com essas pesquisas e essas ações é a consolidação de estratégias de resolução de conflitos a partir de um planejamento territorial apropriado pelas comunidades que sofrem o conflito e munidas de um conjunto de informações sobre sua situação fundiária e sobre as possibilidades que a agroecologia lhes proporciona para um “bem-viver†na terra e no território. Em definitiva, um caminho possível para fortalecer tecnologias sociais capazes de repensar as formas de vida no campo a partir da própria atuação das comunidades. O projeto articula a pesquisa, a extensão e o ensino no entendimento que o tripé basilar da universidade fortalece a construção conjunta de caminhos para resolver os conflitos de um meio rural marcado pela mercantilização extrema de um agronegócio moderno, colonial e capitalista que nega a vida diversa que essas comunidades defendem. Também a interdisciplinariedade da equipe do projeto (arquitetura, direito, engenharia e geografia) permite um diálogo que permite uma leitura mais complexa e aberta dos processos em estudo, potencializando os desdobramentos do tripé em relação com os estudos e ações realizadas.  

Por último, uma parte fundamental do projeto, como um processo de co-elaboração, é, ao mesmo tempo, o controle compartilhado entre a comunidade e a equipe do projeto das informações e do destino das mesmas, assim como o compromisso na socialização, com uma linguagem acessível, das pesquisas, pareceres, propostas de planejamento etc. que sejam realizadas para sua divulgação e multiplicação para serem usadas em outros casos similares.

Outras informações, consultar: http://www.prppg.ufpr.br/site/ic/pibic/

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