A 7ª Roda de conversa sobre a greve

Prezados,
A 7ª Roda de conversa sobre a greve acontecerá:

Quinta-feira (17/09) às 16:00h na T-02.

Será uma roda especial de comemoração, uma roda de compartilhar aprendizados ao longo da greve que se mantém ou que já não existe mais (em função da assembleia de sexta-feira). A ideia é nos encontrar, levar algum quitute para dividir e assistir um filme que nos coloque para pensar sobre os significados de uma greve, as diferenças na sociedade, os processos de longo prazo e ações de curto prazo, a participação política…

O filme se chama PRIDE (Orgulho)
(https://www.youtube.com/watch?v=sukLCif30t8) e trata sobre um coletivo LGBT que decide apoiar a histórica greve dos mineiros depois derrotada por Margaret Thatcher em 1984, que é um dos momentos chave da consolidação do neoliberalismo marcando as tenebrosas políticas econômicas das décadas seguintes e, com algumas mudanças, até hoje.

A greve pode acabar hoje, ou não, mais essa situação de afogamento em que está sendo colocada a educação parece que vai continuar por bastante tempo, e com tendência a se agravar. A roda sempre se pensou como espaço a se manter para além da situação de greve…

Sobre as últimas rodas:
– 5ª: foi dedicada a socializar os cortes que já estão acontecendo na Geografia e a levantar demandas nessa conjuntura para o departamento.
Os cortes que foram apontados:
1. Redução dos prazos das bolsas de extensão, PIBID e Licenciar para seis meses (não há garantia de continuidade)
2. Eliminação da verba de custeio do PIBID.
3. Atrasos de vários meses nas bolsas Permanência e Monitoria (que desmascara a pobre desculpa de que os pagamentos não se realizam pela ocupação da Reitoria)
4. Insegurança na manutenção da assistência estudantil.
5. Terceirizados não pagos e impossibilidade de funcionamento de RU
6. Redução da verba dos Centros Acadêmicos
7. Redução das verbas de custeio na Pós-graduação
(8. Situação absurda de chegar o dinheiro do departamento em um momento como este com um prazo impossível para realizar gastos coerentes com as necessidades. Talvez não seja um reflexo direto da greve, mais sim de um contexto que reflete como se cuida da educação)

Sobre as demandas, se partiu do princípio que o espaço da roda não seria um lugar onde decidir sobre uma pauta de demandas que precisaria de maior discussão e envolvimento, mas sim que poderiam ser levantadas questões que vieram a ser debatidas melhor em outros momentos:
1. Necessidade de mecanismos de avaliação dos docentes
2. Abrir ao conhecimento geral o que se faz nos laboratórios e grupos de pesquisa
3. Zelar pela manutenção dos trabalhos de campo
4. Combater as discriminações por gênero, sexo e raça em todos os âmbitos (professores, funcionários e estudantes)
5. Exigir maior transparência em todos os âmbitos (UFPR, Setor, Departamento) em referência aos recursos econômicos, vagas de professores, etc.
(6. Não houve um posicionamento específico, por que em vários casos não está na competência do departamento, mas fica a questão de como o departamento de Geografia vai se posicionar frente aos cortes em bolsas, em verbas, etc.)

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